ENTREVISTA DA SEMANA

@ENTREVISTASHoje é dia de entrevista e nossa convidada para um rápido bate papo é a Janaina Leite, minha sócia e que eu quero que vocês a conheçam um pouco mais. Ela é super alto astral, apaixonada por música, principalmente o samba do Brasil.  Publicitária, produtora, gestora de projetos e captadora de recursos. Trabalha muito com produção na área musical mas agora está indo para caminhos mais diversos dentro da nossa cultura.

Janaina é pós graduada em Gestão Cultural; Cultura e Desenvolvimento de Mercado. Seu tema de trabalho foi muito baseado nos conceitos da Economia Criativa. Vamos agora falar com ela:

1472909_958160427535255_8523753727216126547_nQuanto tempo você trabalha na área cultural? E como foi que tudo começou?

Trabalho na área já há uns 7 anos. Desde pequena convivi com músicos dos mais variados que faziam parte das amizades da família. Acompanhava meu pai nas rodas de viola. Meu pai teve um bar, e em 2002 eu era gerente lá, e nessa época contratava os músicos que tocavam na casa. Minha primeira produção foi o Eduardo Gallotti. Nesta época já conhecia o Tião Carvalho, acabamos fazendo amizade e em 2008 fui ser produtora dele. Fiz a produção por quatro anos. E agora quero fazer mais produções, aumentar as possibilidades de trabalho na área cultural.

Recentemente você completou uma pós graduação defendendo no seu TCC o tema da Economia Criativa. Fale um pouco sobre esse trabalho:

Eu tinha acabado de voltar do Maranhão. Tinha participado da produção do Festival de Jazz em Barreirinhas a convite do Tutuca Viana, de São Luis do Maranhão. E aí acabei escolhendo este projeto como base para desenvolver a pesquisa e o conteúdo do TCC.

O projeto do Festival  envolve não só as apresentações mas também eco turismo, economia criativa, educação musical, intercâmbio, formação de público. Possui uma linguagem musical diferente. E aí, minha proposta de trabalho no TCC envolveu este projeto em uma análise pesquisando o trabalho e os resultados de todo o impacto no comercio local, artesanato, o quanto o festival ajudou a despertar o interesse das crianças, e o quanto a cidade começou a se beneficiar não só em função dos Lençóis Maranhenses mas pelo lado cultural.

É uma cidade que vive do turismo, do turismo ecológico mas que com esse projeto, o festival, além de ter ampliado o mercado do turismo, ele trouxe pessoas que começaram a freqüentar a região por causa do evento. Na época do evento a ocupação chegou até a quase 100%.

Foi um conteúdo muito rico e que me ajudou a concluir o trabalho.

E o que você poderia falar pra gente sobre esse movimento da economia criativa?

O tema, as discussões e o trabalho da Economia Criativa envolve uma séria de ações que tem criado resultados e visões mais claras sobre os trabalhadores que atuam nesta área. Esta nova visão oferece a possibilidade das pessoas sobreviverem dos próprios movimentos e ações, serem sustentáveis. Tem crescido e a cada dia poderemos aproveitar mais sobre deste movimento.

Você tem acompanhado as produções culturais no Brasil. Você acha que estamos caminhando para uma maior profissionalização?

Sim estamos no caminho. Existe uma necessidade de aumentar esse profissionalização. As pessoas a cada dia querem estar antenadas para isso. Com o erro e acerto também se aprende, mas podendo aprender antes de errar é muito melhor pois economiza tudo: tempo, dinheiro, trabalho e o desgaste emocional.

Uma amiga me perguntou que curso fazer para ser produtora. Eu não fiz curso. Fui aprendendo na tentativa e erro e depois que fui procurar os cursos e formação. Mas disse que existem vários e que deveria procurar. Acho importante ter acesso e fazer cursos para minimizar os erros e melhorar a performance. Hoje tem mais informação, mais cursos e mais atendimento. Então acho que o mercado está melhorando, crescendo, profissionalizando.

Dizem que conselho se fosse bom a gente vendia. Mas mesmo querendo vender, dê de graça um conselho para os artistas estão no mercado tentando a carreira.

Meu conselho é pra todos os profissionais da área, não só os artistas: estude, melhore, conheça o que já está sendo feito no mundo, mescle informações e culturas, inove. Mas principalmente, se movimente. O principal é o movimento. Aprimorar o que já sabemos constantemente.

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